Muitos e diferentes são os padrões que nos trouxeram ao D.A.S.A. - Dependentes de Amor e Sexo Anônimos.
Alguns de nós vieram devido a padrões de obsessão e compulsão sexual, envolvendo voyeurismo/exibicionismo, sexo pago (prostituição), masturbação compulsiva/maníaca, flerte indevido e descontrolado, ou seja, não medimos as consequências ao flertarmos, mesmo já estando numa relação estável, padrões virtuais, como salas de bate-papo, sites de relacionamentos casuais, padrão de sexo casual, sexo com dor, sexo envolvendo riscos, sexo em público, etc.
A maioria de nós também chegou com padrões de amor dependente, onde estavam presentes a dependência emocional, a co-dependência, a anorexia, a angústia, o medo de "perder" o outro, como se o outro fosse uma posse, ciúmes doentio, beirando o delírio e com possíveis riscos a vida (nossa e de outros).
Enfim, essas são algumas das manifestações da dependência as quais todos nós, talvez com pequenas diferenças aqui e ali, quanto a magnitude ou fatos diferentes, vivenciamos.
A grande questão é que todos vivenciamos algo recorrente e em comum: A IMPOTÊNCIA. Vivenciamos a perda do controle, "nossas vidas estavam ingovernáveis".
Muitos de nós passaram longos períodos de auto-negação e auto-justificativa.
Entretanto, a espiral de vergonha, medo e angústia nos levava a crer que aquilo tinha de ser interrompido, entretanto, não poderíamos fazê-lo sozinhos.
Foi então que chegamos ao D.A.S.A.
Em nossa primeira reunião, ouvimos aqueles que compartilhavam das mesmas dores que nós, dos mesmos dilemas, padrões de comportamento semelhantes, muitas vezes o mesmo, e uma sensação de descontrole muito familiar.
No entanto, ouvimos também aqueles que se engajaram em se recuperar, um dia de cada vez, e estavam limpos, só por hoje.
Não só o compartilhar da dor e do sofrimento nos dava a sensação de pertencimento e de que não estávamos sozinhos no mundo com aquela maldita doença.
Muito além disso, A ESPERANÇA de uma vida diferente, melhor, em recuperação, nos fazia voltar na próxima reunião.
Atualizamos, a cada reunião nossa evolução, nos perdoamos quando recaímos e ouvimos dos nossos companheiros que estaremos sempre juntos, que é possível.
A troca de experiências nos dava ferramentas novas, além de uma capacidade de se auto-observar a qual não possuíamos antes.
Não cobramos nenhuma taxa para frequência às reuniões, não temos nenhuma espécie de "chamada", não há faltas, ou seja, o compromisso de ir às reuniões é com você mesmo(a). Nossa 12° Tradição é o ANONIMATO, que, dentre outras coisas, significa que você não é obrigado a nos dar nome verdadeiro nem nenhum dado pessoal seu.
Além disso, nossos padrões de compulsão e obsessão, QUE É O QUE TEMOS EM COMUM, tornam TOTALMENTE IRRELEVANTES diferenças pessoais de RAÇA, GÊNERO, ETNIA, ORIENTAÇÃO SEXUAL, RELIGIÃO, ORIENTAÇÃO POLÍTICA, PREFERÊNCIAS CULTURAIS, etc.
É FORTEMENTE DESENCORAJADO POR NÓS QUALQUER MANIFESTAÇÃO DE PRECONCEITO OU INTOLERÂNCIA!
Somos homens e mulheres, homossexuais e heterossexuais, jovens (+18), adultos e idosos, dentre outras diferenças, e estamos engajados no nosso único propósito primordial: LEVARMOS A MENSAGEM AO DEPENDENTE QUE AINDA SOFRE.
VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO(A)!